Ficou bem legal, segue a íntegra da matéria:
INTERCÂMBIO
Um roteiro para estudar no Exterior
Nem mesmo a crise estraga os planos de quem planeja estudar um idioma no Exterior. Quem opta por esse aprendizado sabe que, cedo ou tarde, a turbulência global terminará, mas o conhecimento adquirido em outro país continuará tendo o mesmo valor que tem hoje.Aos 22 anos, recém-formada em Jornalismo, Sabrina Silveira não se deixou afetar pela crise. Em novembro, deu a partida nos preparativos para um curso de inglês na Irlanda. Desde o início deste mês, a moradora de Viamão está em Dublin, onde deverá permanecer até fevereiro:– A crise foi um dos empecilhos, principalmente pela alta do euro. Mas depois de pensar bastante, vi que este era o melhor momento para ir.Agências de intercâmbio – empresas que atuam como consultoras e representam escolas internacionais no Brasil – afirmam que atitudes como a de Sabrina são comuns.– Nossos clientes são, em sua maioria, jovens que buscam programas específicos para uma certa faixa etária. Então, não tem como adiar a ida – disse Ana Flora Bestetti, gerente comercial da CI em Porto Alegre.A alta do dólar americano e do euro fez cair a procura por cursos nos EUA e em alguns países da Europa. Quem quer estudar inglês, por exemplo, prefere o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. No caso do espanhol, o melhor é ficar pela América Latina em vez de viajar à Espanha.– São países que oferecem um custo de vida mais baixo, o que significa economia com hospedagem e alimentação – disse Beto Conte, diretor do Student Travel Bureau (STB) no Estado.Reduzir o tempo da estadia no Exterior também ajuda na contenção de despesas. Em alguns países, o estudante pode trabalhar. Foi essa oportunidade que levou Sabrina a optar pelo curso de um ano em Dublin.– O mínimo que o pessoal costuma ganhar aqui é 800 euros (cerca de R$ 2,4 mil) por mês – contou a jovem, que já deu início à busca por emprego.Sabrina estudou inglês no Brasil por mais de cinco anos, mas não adquiriu a fluência desejada. Por isso, resolveu experimentar a vivência no Exterior. Ela também acredita que a viagem enriquecerá seu currículo. E está certa. Cada vez mais as empresas valorizam profissionais que já estudaram fora do Brasil.– Além de aprender outra língua, o jovem adquire responsabilidade, atitude, autocontrole e capacidade de lidar com situações adversas. O mercado demonstra mais interesse em pessoas com esse perfil – avaliou Déa Machado, diretora de Eventos Técnico-científicos da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Rio Grande do Sul.Para ajudar na escolha por um curso de idioma, ZH publica o Guia da Língua Estrangeira. Se a sua opção é estudar no Exterior, saiba como escolher o país de destino e conheça as opções de hospedagem e os tipos de cursos oferecidos. O guia reúne, ainda, dicas sobre como aprender outra língua sem sair do país.