quinta-feira, 30 de abril de 2009

Gripe porquinha

Foi descoberto o indivíduo que deu origem ao caso da gripe suína que está se espalhando pelo mundo. Segundo informações oficiais ele será severamente punido. Segue a prova:


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Agora falando sério,

o primeiro caso suspeito da gripe na Irlanda foi divulgado no final da tarde de hoje. A informação é do Irish Times.com. O homem que está sendo examinado voltou há pouco de uma viagem ao México. Torçamos para que a suspeita não se confirme...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Oh, oh o tal do emprego

Vou aproveitar a deixa do Profissão Repórter, que eu comentei ontem aqui, para falar de emprego. Em primeiro lugar, só queria lembrar que a situação retratada no progama é bem diferente da minha e da maioria dos jovens que vêm para Irlanda.

Para quem assistiu, aquelas pessoas não estão aqui para aprender inglês ou conhecer a Europa em uma experiência que pode ser um importante upgrade no currículo. São pessoas geralmente com pouca instrução, muitas vezes sem nenhuma noção da língua, que querem enriquecer e voltar para o Brasil com os bolsos forrados. Nada contra, mas esse tipo de trabalho que eles buscam por aqui é geralmente ilegal e temporário (quem vem com visto de estudante têm permissão legal para trabalhar).

O que eu posso dizer é que infelizmente, quem pretende vir para cá com a intenção de ganhar rios de dinheiro pode estar fazendo um mal negócio. Realmente, hoje, com a diminuição das horas de trabalho, conseguir um emprego que pague as contas (aluguel, comida, telefone) e sobre um pouquinho no final do mês já é uma conquista. E é possível.

Depois do final do inverno, as ofertas de vagas estão aumentando e já podemos ver, tímidas, as benditas plaquinhas de "precisa-se de funcionário". O problema, é claro, é a concorrência. Há muitas pessoas desempregadas, principalmente imigrantes. Então, se o seu inglês não é dos melhores, certifique-se de trazer uma reserva maior para ter tempo de se adaptar e aprender um pouco mais.

Desde que cheguei, em início de março, já fiz várias entrevistas, inclusive na área, e estou fazendo testes. O melhor é manter a calma e não desistir de procurar... e-mail, sites de empregos, entregar pessoalmente, indicação, não importa. Não tem receita para conseguir. Cada pessoa tem uma experiência diferente. Eu mesma adotei a tática de não ouvir a opinião de mais ninguém... estou construindo a minha própria...

terça-feira, 28 de abril de 2009

Profissão Repórter

O programa do meu conterrâneo Caco Barcelos, Profissão Repórter, da Rede Globo, vai mostrar um pouquinho da minha vizinha Irlanda do Norte hoje. O tema não é alegre pois vai mostrar os brasileiros que estavam trabalhando aqui e acabaram tendo que voltar por causa da crise. O tema é a luta por emprego, e também vai mostrar como anda a situação no Brasil.

Parece que a gravação foi feita há uns três meses, quando ainda estava muuuuito mais frio por aqui e as coisas estavam bem mais complicadas para quem estava sem emprego. Mas vou deixar para comentar depois de assistir.
Para quem quiser acompanhar, o programa vai ao ar às 23h25min no Brasil.

Segue o texto retirado do site do programa, que fala do tema desta terça-feira:

Nossa equipe se divide para mostrar a luta do brasileiro por emprego nestes tempos de crise econômica.

Os repórteres Júlia Bandeira e Felipe Gutierrez vão ao centro de São Paulo acompanhar o dia-a-dia de um homem placa, que coleta currículos de desempregados no meio da rua e encaminha às agências. O que há por trás de tantas ofertas e tantos pedidos de emprego?

Os repórteres Caio Cavechini e Thiago Jock registram o dia-a-dia da crise num dos setores mais afetados da economia: a indústria automobilística. Eles acompanham a luta de um empresário para salvar a fábrica de autopeças que demorou 40 anos para construir.

A repórter Mariane Salerno vai ao Vale do São Francisco, principal produtor de frutas do país, retratar o impacto da queda das exportações na vida dos lavradores da região. Já são mais de 10 mil os desempregados no Vale. Mariane acompanha a saga de um deles rumo ao interior de Goiás.

Caco Barcellos acompanha a volta para casa de brasileiros que tentaram a vida na Irlanda do Norte e tentam recomeçar no Brasil com o pouco dinheiro acumulado em anos de trabalho no exterior.

São histórias de luta e superação retratadas ao longo de 3 meses de reportagem. Não perca! Logo depois de Toma Lá, Dá Cá”

domingo, 26 de abril de 2009

Carne fresca

- Sabrina! Acabamos de ver uma notícia da Irlanda na Record!
- Capaz? O que aconteceu?
- Vocês não estão sabendo? Um touro invadiu um supermercado!

Era o meu irmão animadíssimo no msn relatando como tinha sido engraçada a cena das pessoas se protegendo com o carrinho de compras. Fiquei aliviada ao saber que a notícia sobre invasão a estabelecimento comercial por aqui era ligada a um animal e não a uma quadrilha. Na verdade a história não é tão absurda em se tratando de Irlanda, a fazendinha da Europa, como dizem por aí.

Resumindo: achei tão engraçada a notícia ter ido parar no noticiário de lá que resolvi pesquisar.
Segue o link da matéria sobre o dia que o touro foi às compras, é do site do Irish Times (assim como a foto aí de cima).

Por sugestão do Filipe segue o vídeo:

terça-feira, 21 de abril de 2009

Howth

Em pouco mais de meia hora, parecia que tinha viajado quilômetros e quilômetros de distância. Howth, uma pequena cidade ao norte do centro de Dublin, impressiona assim que descemos do ônibus. O porto, os barcos, o mar, o farol.

Saimos de casa pouco antes do meio-dia, pegamos o ônibus 31 (também poderia ter sido o 31A ou B) na Eden Quay. A passagem custa 2,10 euros e a viagem dura no máximo 40 minutos.

Originalmente, Howth era uma vila de pescadores mas hoje cresce residencialmente e movimenta turistas atrás das belas paisagens. Assim que chegamos fomos recebidos por gorduchos leões marinhos que se aglomeram na costa e olham para as pessoas como se esperassem pedaços de peixe.

Seguimos para a ponta do West Pier, de onde era possível enxergar o farol e uma ilha logo a fundo, para tirar fotos. No parapeito, os nativos visivelmente branquelos aproveitavam o sol raro que fazia nesse último sábado para lagartear deitados.

E o tempo foi extremanente generoso conosco: fomos bridados com o sol mais forte que já peguei por essas bandas desde que cheguei... consegui inclusive uma desagradável cor-camarão na testa e no nariz... então não se engane, tá frio? Não interessa, queima igual!

Perto dali, passamos por uma barraquinha que vendia sopa de calamari e lula, um cheiro delicioso. Ao ver o grupo falando Português o atendente, um gurizão de 20 e poucos anos, solta a perguntinha clássica: "Também são brasileiros?" Sim, o atendente da barraquinha de comida típica da cidade também era brasileiro. (Tem algum brasileiro no Brasil ainda heim?)

Depois subimos em direção ao morro que costeia a orla por mais de 1Km. Do alto a paisagem é ainda mais deslumbrante. Fizemos toda a trilha na beira do penhasco e, apesar da dor nos pés, valeu pelas fotos maravilhosas que tiramos.

Aproveitar esse clima de praia em um dia raro de sol nesse país que só faz nublar e chover é quase que uma obrigação. Ainda pretendemos voltar lá para conhecer o Howth Castle e o Castle Gardens, que fica mais para dentro da cidade.

Depois do dia de caminhada a recomendação é ir pra casa recuperar as energias!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

1 Pub, 2 Pubs, 3 Pubs...

Um, dois, três, quatro, cinco... vai contando... seis, sete.... Esqueçe. Eu já desisti de contar. Dublin é a cidade com mais locais propícios para exercer a arte de bebemorar no mundo. Mais de um pub por quadra, isso eu não tenho dúvida. Às 10 horas da manhã um pub aberto? Claro! E sempre tem um tio entornando uma Guiness de café da manhã. Parece estranho, mas é assim mesmo. É a cultura.
O chodó dos Irlandeses é acerveja Guiness, preta e amarga (com gosto de café, ao meu paladar) produzida aqui mesmo. Mas a variedade de marcas e tipos dessa bebida é um convite ao happy hour no pub da esquina mais próxima. Os preços variam, mas a brincadeira não sai barata. Uma pint (um copo grande comum aqui) pode custar até 5 euros. Como não sou fã da cerveja, sigo poupando e lamentando a falta da velha e boa caipirinha.
***
Um detalhe ótimo que eu não poderia esquecer é que em Dublin você não precisa ficar preso a um pub ou festa a noite toda. Em 90% deles não é preciso pagar nada para entrar. Entra, consome se quiser e vai embora quando quer. Tava ruim? Vamos para o pub do lado, ou da frente, ou na outra esquina...

Mas não deixe pra sair de casa muito tarde. Entre 2 e 3 horas da manhã a galera é literalmente escurraçada de qualquer lugar. Não tem essa de beber até amanhecer. Aqui tudo fecha cedo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Devidamente legalizados

O último passo para legalizar o meu visto de estudante na Irlanda foi concluído nessa manhã. Agora tenho em mãos a carteirinha da GNIB (Garda National Immigration Bureau), que é o visto, de um ano. Vou recapitular tudo que eu precisei fazer na imigração até chegar a essa carteirinha:

Na chegada:
- Passaporte,
- Carta de aceitação da escola,
- Carta com endereço de onde vai ficar hospedado,
- Cerca de 2 mil euros* (para quem quer se manter tranquilo por dois meses sem trabalhar), de preferência a maior parte em Visa Travel Money (VTM), que é o cartão mais usado para esse tipo de viagem. Se tiver cartões de crédito internacionais é legal levar também.
- Comprovante de compra da passagem de volta.
- Seguro saúde (não é obrigatório, mas muito recomendável).

*Mil é obrigatório para tirar o visto depois.

Já na Irlanda (Você tem 30 dias para fazer os passos abaixo):
- Abrir uma conta no Banco da Irlanda, em seu nome, com depósito mínimo de mil euros.
- Pedir no banco um extrato (statement) que deve chegar pelo correio (algumas pessoas tiveram problema de atraso, portanto, não conte com esse dinheiro até receber a carta).
- Pegar com a escola (ela DEVE ajudar em todo esse processo) a carta para ir na imigração fazer o visto.
- 150 euros, que devem ser pagos em cartão de crédito, então a dica é deixar no mínimo isso no seu VTM, se não quiser que a conta vá para o Brasil. O cartão da conta no Banco da Irlanda aberto antes não pode ser usado pois é só para saque.

Tendo isso é só ir na Imigração. O processo é tranquilo, mas é preciso chegar cedo para não morgar na fila. Um dos motivos de escolher uma boa escola é que ela é a tua referência para tudo aqui, principalmente no começo, quando tudo parece mais complicado.

Feito tudo pode dormir em paz!

Novo morador


Depois de muita indecisão e meses de planejamento, chegou mais um gaúcho nessa terrinha. Mais um! Sim, tem uma penca dessa raça boa por aqui.
O nome dele é Fábio Ruschel, ex-colega de trabalho do Gui e dono do Eurotrip.com, que eu já comentei por aqui.
Agora é só desejar boa sorte e muito trabalho!!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Licença, eu tenho uma TV...

Ver TV na Irlanda é caro. Mas não pelo aparelho, pois esse você compra de todos os tamanhos, dos mais antigos aos mais modernos, por preços bons, assim como qualquer outro eletrônico.
O problema é que aqui, além de ter que pagar por uma assinatura de Sky ou NTL, é preciso antes de mais nada pagar uma licença ao governo. Sim, uma licença para ter TV em casa... objetos muito perigos, entendo....

São 160 euros por ano. Daria para comprar uma TV nova por ano. Mas Sabrina, e se eu simplesmente comprar uma TV, levar pra casa e não pagar? Beleza, não tem problema. Mas se certifique sempre antes de abrir a porta a um estranho se a TV não está a vista. Se for um fiscal, você não terá como dizer que ela foi deixada ali por leprechauns na noite anterior e você não sabe o que fazer com ela. Também não terá como sair correndo, agarrar a TV e largar no box do banheiro! Terá que pagar a licença... e se não pagar: multa... e se não pagar a multa?... simples, você vai preso! Aí eu quero ver ligar pra mamãe e ela acreditar que tu foi parar na cadeia porque tinha uma TV na sala.

Realmente, aqui na irlanda esses aparelhos são perigosos!


No smoking area!!

Eu queria que o próprio protagonista dessa história que eu vou contar escrevesse o depoimento, mas ele está um pouco tímido, conto eu mesma.

Uma das coisas que eu mais gostei nos pubs e lugares públicos fechados aqui da Irlanda é que é proibido fumar. Para uma não fumante e asmática como eu, sair de uma festa sem cheiro de fumaça nos cabelos e na roupa é algo realmente agradável.

Mas o fato que eu quero contar ocorreu em um shopping, e me fez chegar a conclusão do porquê eles não permitem cigarros em lugares fechados.... irlandeses morrem de medo de incêndio... só pode ser....

Semana passada nós fomos até uma lan house que fica dentro de um shopping, relativamente pequeno, no centro de Dublin. Fomos bem cedo e acabamos dando de nariz na porta. Ficamos esperando mais de uma hora pela japinha que tinha esquecido de colocar o despertador a funcionar naquela manhã. Depois de alguns minutos caminhando e olhando as lojas... " Preciso ir no banheiro", diz o Gui. É inevitável o detalhe constrangedor, mas era um caso de number 2!

Alguns minutos depois sai ele do banheiro com uma cara que misturava riso com nervoso. Contou ele: "Cheguei no banheiro, beleza, tudo normal. Entrei numa cabine. Fazia dois segundos que eu tinha me instalado, bem relaxado, quando tocou uma sirene. Péin, péin, péim! No smoking area! No smoking area! Em seguida ouço uns homens entrando no banheiro, batendo nas portas e gritando: Are you smoking? Are you smoking?! Fiquei quieto né! Não ia abrir a porta pra dizer que não tô fumando! Continuei quieto... ninguém bateu na minha... Daqui a pouco só ouço um gritando mais perto: Are you smoking? Are you smoking?! ( eu queria poder reproduzir a cara de paisagem dele olhando pro lados sem saber o que estava acontecendo) De novo: Are you smoking? Are you smoking?! ... Aí, sem querer, olho pra cima e tem um negão me
olhando por cima da cabine do lado! Respondi: No! E o cara saiu, como se fosse a coisa mais normal do mundo me espionar nesse momento constrangedor!! No fim eles foram embora e eu nem sei se pegaram o FDP que tava fumando!"

Hilário. Eu me matei de tanto rir. Queria ter visto a cara do guarda!

E cheguei a conclusão que eles devem ter algum trauma com incêndios....