quarta-feira, 25 de março de 2009

A viagem e a crise

A minha investida na Irlanda em época de crise foi parar no jornal. Está na matéria da capa do Guia da Língua Estrangeira encartado hoje na Zero Hora. Minha ex-colega de redação Monique Ravanello entrou em contato comigo na semana passada pra ver se eu topava contar um pouco sobre o planejamento do intercâmbio em época de turbulência econômica. Quem quiser ver a página ai do lado entra no site do jornal, no link da edição impressa.

Ficou bem legal, segue a íntegra da matéria:

INTERCÂMBIO
Um roteiro para estudar no Exterior

Nem mesmo a crise estraga os planos de quem planeja estudar um idioma no Exterior. Quem opta por esse aprendizado sabe que, cedo ou tarde, a turbulência global terminará, mas o conhecimento adquirido em outro país continuará tendo o mesmo valor que tem hoje.Aos 22 anos, recém-formada em Jornalismo, Sabrina Silveira não se deixou afetar pela crise. Em novembro, deu a partida nos preparativos para um curso de inglês na Irlanda. Desde o início deste mês, a moradora de Viamão está em Dublin, onde deverá permanecer até fevereiro:– A crise foi um dos empecilhos, principalmente pela alta do euro. Mas depois de pensar bastante, vi que este era o melhor momento para ir.Agências de intercâmbio – empresas que atuam como consultoras e representam escolas internacionais no Brasil – afirmam que atitudes como a de Sabrina são comuns.– Nossos clientes são, em sua maioria, jovens que buscam programas específicos para uma certa faixa etária. Então, não tem como adiar a ida – disse Ana Flora Bestetti, gerente comercial da CI em Porto Alegre.A alta do dólar americano e do euro fez cair a procura por cursos nos EUA e em alguns países da Europa. Quem quer estudar inglês, por exemplo, prefere o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. No caso do espanhol, o melhor é ficar pela América Latina em vez de viajar à Espanha.– São países que oferecem um custo de vida mais baixo, o que significa economia com hospedagem e alimentação – disse Beto Conte, diretor do Student Travel Bureau (STB) no Estado.Reduzir o tempo da estadia no Exterior também ajuda na contenção de despesas. Em alguns países, o estudante pode trabalhar. Foi essa oportunidade que levou Sabrina a optar pelo curso de um ano em Dublin.– O mínimo que o pessoal costuma ganhar aqui é 800 euros (cerca de R$ 2,4 mil) por mês – contou a jovem, que já deu início à busca por emprego.Sabrina estudou inglês no Brasil por mais de cinco anos, mas não adquiriu a fluência desejada. Por isso, resolveu experimentar a vivência no Exterior. Ela também acredita que a viagem enriquecerá seu currículo. E está certa. Cada vez mais as empresas valorizam profissionais que já estudaram fora do Brasil.– Além de aprender outra língua, o jovem adquire responsabilidade, atitude, autocontrole e capacidade de lidar com situações adversas. O mercado demonstra mais interesse em pessoas com esse perfil – avaliou Déa Machado, diretora de Eventos Técnico-científicos da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Rio Grande do Sul.Para ajudar na escolha por um curso de idioma, ZH publica o Guia da Língua Estrangeira. Se a sua opção é estudar no Exterior, saiba como escolher o país de destino e conheça as opções de hospedagem e os tipos de cursos oferecidos. O guia reúne, ainda, dicas sobre como aprender outra língua sem sair do país.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Miss Sabrina

Uma das etapas para se conseguir o visto aqui na Irlanda é abrir uma conta em um Bank of Ireland. Essa etapa está concluida. Semana passada recebemos as senhas e os cartões do banco.
Tudo aqui é um pouco demorado porque algumas coisas têm que ser feitas pelo correio, como a senha, que recebemos em casa três dias depois. A próxima etapa é solicitar um extrato, que também tem que ser enviado pelo correio por exigência da imigração (assim eles já comprovam o endereço da pessoa). Isso ainda vai levar uns dias pra gente receber, e até lá não podemos mexer na grana que está lá.
Também já recebemos nosso PPS, que é um registro para poder trabalhar por aqui. Aos poucos as coisas vão se ajeitando...

Adeus homestay!

Foram duas semanas de homestay. Mas foi o suficiente. Eu particularmente não gostei da experiência, principalmente porque era distante da escola e porque não tinha liberdade dentro da casa. Apesar de ter garantidos janta e café da manhã, chegar em casa de com fome sem saber o que te espera pra janta não é algo que me deixa feliz todos os dias. Ainda mais que o gosto dos irlandeses para a comida é um pouco duvidoso às vezes.
Começamos a procurar apartamento para dividir com outros estudantes na primeira semana. Olhamos 4 apartamentos no total, e, contrariando o que a maioria diz, até que não foi difícil encontrar double room (para casal) nesta época. Nossa nova casa fica a 5 minutos de distância a pé da escola e 10 min do centro (caminhando por uma mesma rua para fazer tudo isso).
Viemos com a idéia de não dividir apartamento com brasileiros, mas foi inevitável. De todos que conseguimos contato e que eram viáveis economicamente e geograficamente eram habitados por brasileiros! E, sem preconceito aos demais brasileiros, achamos uma casa de gaúchos gremistas. Enfim, não preciso explicar porque nos sentimos em casa.
Sei que agora vamos ter que nos dedicar ainda mais na rua para ganhar a tão desejada fluência na língua daqui. Mas acho que isso não será problema, pois passamos mais tempo fora de casa.
A conclusão é que além de procurar por um local com boas condições, confortável, é preciso se sentir bem com as pessoas que vão dividir o teto com você, porque isso pode estragar todo o resto. Acho que estamos no caminho certo! Na foto, a cozinha da nova casa!
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Aqui na Irlanda todo mundo procura apartamento pelo Daft.ie, é bem fácil e prático pra quem tá chegando. Outra opção é procurar nas comunidades de Dublin no Orkut, mas lá só tem oferta de apê com brasileiros!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Virei notícia!

O meu amigo e ex-colega de Zero Hora, repórter do Caderno Ambiente, Mauro Belo Schneider, gostou do meu post sobre as sacolinhas plásticas, publicado aqui, e colocou um trecho do meu texto no blog Ar Puro, ligado ao caderno!
Confere aqui!

Aglomeração = Confusão

Em qualquer lugar do mundo acho que isso vale. E no St Patrick's Day, não poderia ser diferente. Muita gente, muitos adolescentes, bebida... E pra conter essa gente toda, haviam policiais da Garda (como são chamados aqui), por todos os lados. Aqui é proibido beber nas ruas. Qualquer latinha de cerveja ou copo suspeito eh recolhido na hora. E a maioria das confusões é por causa disso.
Flagramos um bando de adolescentes ( um bando mesmo, eram mais de 50) na O'Connel, bem na hora que a Guarda se aproximou. Não conseguimos ver bem qual foi o motivo pois estávamos do lado oposto da avenida. Na briga, um policial foi derrubado por um adolescente. Em cinco segundos uns 10 policias pularam em cima dele, prenderam e colocaram dentro de um camburão sob os aplausos do pessoal que estava por perto.

O que me tranquiliza é que aqui a Garda não usa armas, e a principal função deles é acalmar os ânimos desses adolescentes que se acham acima da lei.

Holiday!

Ontem foi dia de festa na Irlanda. Não só aqui, mas também em outros países houve festa para lembrar o Saint Patrick's Day. Saint Patrick é um dos padroeiros da Irlanda, foi quem introduziu o cristianismo por aqui. A história dele é bem interessante, se alguém quiser saber mais pode entrar nesse site: http://www.history.com/minisites/stpatricksday/y.com/minisites/stpatricksday/.

Saint Patrick's também é o responsável por um dos símbolos da Irlanda, que é o shamrock (trevo de três folhas), que significa a santíssima trindade. No feriado dedicado a esse santo, todos se vestem de verde, pintam bandeiras e trevos no rosto, colocam chapéus de duendes e... bebem.... como sempre.

Bem no centro da cidade, uma multidão se aglomerou ontem para a assistir ao desfile, com bandinhas e carros alegóricos. Uma atração imperdível para quem é estrangeiro, portanto, nós estávamos lá.

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O que mais chamou a minha atenção, e de outros brasileiros que estavam comigo, foi a quantidade de carrinhos de bebê. Sim! Aqui normalmente, pelas ruas, é possível ver como Dublin deve ter uma taxa de natalidade considerável e uma população jovem. Mas no meio de uma aglomeração como a de ontem, assustava a coragem dos pais com pencas de bebês nos braços e nos carrinhos.
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O desfile foi bonito de assistir. Músicas animadas, fantasias, alegorias... quase um carnaval.

sexta-feira, 13 de março de 2009

22 cents

Depois da aula de ontem, resolvemos dar uma passada no supermercado. O mais conhecido por aqui é o Tesco. Tem um há poucas quadras da nossa escola, no Jervis Shopping.
Como ainda não podemos cozinhar porque estamos em homestay e quem deixa a nossa comida pronta é a Yvonne, queríamos só comprar umas bolachas e e um yorgute. Na verdade, uma garantia em caso da nossa janta não estar assim... digamos... muito agradável, como aconteceu na quarta-feira.

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A comida por aqui é realmente cara. É preciso saber escolher e pesquisar para poupar o máximo. Em compensação, aqui é tudo tamanho família. Tamanho família mesmo. Quase tudo tem uma versão gigante. Salgadinho, chocolate, leite, catchup, pasta de dentes! Até aquelas garrafinhas d'água, de carregar e tomar no bico, são enormes.


Compramos:

2 maçãs = 00,69 cents

Cookies de chocolate = 00,97 cents

Uma pasta de dentes gigante = 1,76

Pringles = 1,95
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Na hora de passar no caixa, o funcionário perguntou: Bag? - e apontou para a sacolinha. E nós dissemos que sim. Ainda pensei "que estranho ele perguntar, óbvio que eu não vou levar as compras na mão". Depois a gente olhou a notinha e entendeu porque ele perguntou. Foram 22 cents pela sacolinha plástica.

Sim, eu já tinha ouvido falar sobre isso. Mas não lembrei na hora. Aqui predominam as sacolas de papel em quase todas as lojas, é difícil encontrar sacolas plásticas. E pra diminuir ainda mais o consumo eles cobram pelas danadas. É uma bela iniciativa que já deveria ter sido adotada no Brasil.




quarta-feira, 11 de março de 2009

ISI

Foi difícil escolher uma escola na Irlanda estando no Brasil. Principalmente porque tudo que eu lia sobre as escolas daqui era que são ruins e lotadas de brasileiros. Ok, do quesito "lotadas de brasileiros" nós não conseguimos escapar. Na sala de computadores da minha escola só se ouve o bom e velho portugues em diferentes sotaques, de norte a sul. Koreanos também dão em árvores por aqui, só na minha aula tem cinco!
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Apesar disso, desde que chegamos não tive nada a reclamar da escola que escolhemos ISI (International Study Institute). Eles dão um apoio muito bom para quem vem de fora e não conhece nada da cidade e dos procedimentos burocráticos como PPS (carteira que dá direito a trabalho), conta em banco local (que é obrigatória para retirada do visto) e carteira de estudante. Fora isso recebemos um celular cada um, já com chip Vodafone (operadora mto boa pra quem precisa ligar para o Brasil, cerca de 9 cents o minuto!).
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No primeiro dia nós fizemos um teste oral que, junto com um teste que tínhamos feito pela internet, apontou nosso nível. Eu fiquei no Intermediário B e o Gui no Pré-Intermediário. Pena que ficamos no turno da tarde, mas espero poder reverter isso mais tarde.

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Meu professor é um típico Irlandês. Cabelos ruivos, pele avermelhada de tão branca e olhos claros. E a convivência com brasileiros contaminou ele. Ano passado ele morou três meses no Brasil e até arrisca umas palavras em português comigo. Bem legal.

terça-feira, 10 de março de 2009

Chuva, neve, sol

Os três no mesmo dia. A neve foi tão rápida que nem deu tempo de bater foto. Estávamos dentro do bus. Mesmo assim, o frio aqui é brabo. No primeiro dia os lábios estavam roxos e não dava pra sentir os dedos das mãos. No segundo dia já fomos mais espertos... luvas, tocas, mantas... essas coisas. Hoje o clima está mais ameno, 7 graus de acordo com o The Irish Times.


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Antes de vir pra cá ouvimos todos dizerem que iríamos caminhar muito e que seria normal nos perdemos mesmo com o mapa, principalmente por causa da mão inglesa. Olhando pelo google maps eu não tinha noção de como as coisas são próximas aqui. Já caminhamos horrores e é bem mais agradável caminhar no frio do que no calor de 30 graus que faz em Porto Alegre.

E não nos perdemos nenhuma vez. (palmas pra nós). Mas é claro que a mão contrária confunde a cabeça. O que ajuda na hora de atravessar as ruas é aquele botão para os pedestres acionar a sinaleira. Os daqui são impossíveis de não enxergar. E eles fazer ums barulhos irritantes da hora que está aberto para passar. Não tem erro!

Homestay

**Desculpem os acentos, ainda estou me acostumando com o teclado!!**
Por duas semanas pelo menos estamos acomodados em uma casa em Dublin 3. Fica bem perto de um ponto de ônibus e a há menos de 10 min do centro da cidade.
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Yvonne, a dona da casa, é muito simpática e está acostumada a receber estudantes, principalmente brasileiros! Ela tem três filhos, um menino de 14 anos e duas pequenas de 10 e 4 anos. Amy e Abbie adoram bater papo com a gente e a menor, quer que a gente brinque com ela sempre que nos enxerga!

Haja jogo de cintura irlandês pra driblar as duas! Mas são fofas!

Cade as malas?

Antes de arrumar as malas em casa tive recebi um conselho valioso. Nao coloca soh um tipo de coisa em uma mala e o resto na outra, tipo toalhas e sapatos numa e roupas na outra, porque pode acontecer de perderem uma mala e tu vai ficar na mao. Ok, segui o conselho rezando para que isso nao acontecesse.

Depois de passar pela imigracao no aeroporto, que foi tranquila (soh pediram as cartas da escola e passaporte), fomos para a esteira buscar as malas. Depois de muito esperar, soh duas apareceram e, por sorte, uma minha e outra do Gui. E agora?
Tivemos que preencher um formulario e recebemos duas necessaries como premio de consolacao com alguns produtos de higiene basicos. A promessa de que era para as malas aparecerem ate o dia seguinte no mesmo horario e que eles entregariam em casa nao me deixou feliz. "Certo que nao vamos ver mais essas malas", pensei.

Domingo de noite lah estavam elas. A Yvonne, dona da casa onde estamos hospedados, veio nos entregar bem feliz. E nos ficamos mais ainda!
Entao, nao perca a esperanca, mas siga o conselho.

domingo, 8 de março de 2009

Por partes

POA - SP, SP-MADRI, MADRI -DUB

Ufs, chegamos! Foi duro. Praticamente dois dias de viagem. Saimos de Porto Alegre na sexta de tarde e chegamos em Dublin no sabado as 18h30min (aqui eh tres horas a mais).
Ate SP foi uma viagem tranquila, normal, fora a dor no peito de ter que dar tchau para a familia. Confesso que estava super bem antes de embarcar, mas cai no choro depois... e foi assim boa parte da viagem, ate me acostumar com a ideia de que em seguida vamos nos ver novamente.
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Em SP Esperamos 4 horas que foram amenizadas com a presenca da Fer, prima do Gui, que com aquele astral invejavel nos fez relaxar e esquecer um pouco da longa viagem que teriamos pela frente.
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Durma se for capaz
Vai de Iberia? Entao se prepara. 9 horas atravessando o oceano em uma poltrona mais espremida impossivel. O espanhol deles eh terrivel, falam rapido demais, e quando falam ingles fica pior ainda. E a tripulacao nao eh muito simpatica! Mas sobrevivemos! Um cochilo aqui, outro ali...
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Um capitulo a parte
Confesso que estava com muito medo da imigracao na Espanha. Medo por todos os motivos que ja estamos cansados de saber. Pois eu comprovei e posso dizer hoje, de carteirinha, que a imigracao nao segue uma regra para todos. Sabe porque? Eu passei duas vezes pela imigracao. Sim, duas vezes. Vou contar a historia:
Chegamos e cada um seguiu para um guiche. A fila do Gui andou mais rapido e pude ver ele entregando o passaporte e a mulher carimbando. Ele passou para os fundos. Minha vez. Cheguei no guiche, dei o passaporte e o fiscal perguntou onde eu ia e pediu meu cartao de embarque. Entao comecou a rabiscar as letras e numeros de outro portao por onde eu deveria entrar e me mandou voltar por onde eu tinha entrado. "E agora? O Gui foi pra outro lado."

Dei a volta por tras do guiche, por fora e pude enxergar o Gui me esperando passar. A nossa sorte eh que as paredes lah no aeroporto sao de vidro. Com meu pobre espanhol, perguntei no portao onde ele me mandou entrar se o voo para dublin era por ali e a funcionaria disse que sim. Abanei para o Gui e tentamos conversar entre duas paredes. Ele teria que descer um elevador e pegar um metro! Sim um metro. E eu ficaria ali. Nao entedemos nada. Vi que ele ficou desesperado e que nao ia seguir em frente.

"Passa de novo la, por outro guiche!", era o que eu conseguia entender ele dizer. Na hora nao pensei muito, mas tinha certeza de que se me pegassem tentando passar de novo seria o fim. Mas fui. Tinham varias filas, fui na maior, mais longe do guiche de antes. De canto cuidava pra ver se o cara nao conseguia me ver.
Em outro guiche, uma mulher me chamou, entreguei meu passaporte e as cartas da escola e disse que estava indo estudar em Dublin. Ela sorriu e carimbou meu passaporte...

... Nao preciso explicar o nosso alivio... descemos o elevador e acho que soh voltei a respirar dentro do metro...

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Uma barreira de nuvens
O voo ateh Dublin foi assustador. Sim, a gente nao relaxou. Chegando perto da ilha foi turbulento e nao se via nada alem de uma espessa barreira de nuvens e mar... mar... mar... Mas chegamos! Pousamos, e o piloto foi aplaudido (acho que tinha mais gente com medo nesse aviao)

:)

terça-feira, 3 de março de 2009

Éire



Estava pesquisando algumas informações sobre o meu destino e lembrei das pessoas que respondem: "onde?", quando eu falo que vou pra Dublin. Realmente não é o lugar que está no topo das opções para quem vai estudar no exterior, mas está ganhando muitos adeptos de uns tempos pra cá.

Então, vou resumir alguns pontos importantes e curiosidades que achei no Wikipédia sobre esse país:
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Politicamente, a Irlanda é dividida em:

República da Irlanda (onde eu estarei), com sua capital estabelecida em Dublin e que cobre cinco sextos da ilha. Irlanda e Éire são os nomes oficiais do estado - em inglês e em irlandês respectivamente - enquanto a República da Irlanda e sua descrição oficial. Ela é chamada de "o sul" ou "a República" por muitos moradores da Irlanda do Norte.

Irlanda do Norte, cuja capital é Belfast e que faz parte do Reino Unido, é também conhecida como "o norte" pelos nacionalistas e moradores da República da Irlanda, "os seis estados" pelos nacionalistas e "Ulster" pelos unionistas.
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As línguas oficiais são o irlandês, a língua celta nativa, e o inglês, que constitucionalmente é descrito como uma língua oficial secundária. Aprender irlandês é obrigatório no ensino do país, mas o inglês é amplamente usada.
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A população total da ilha da Irlanda é pouco mais de 6 milhões de habitantes (2006), dos quais 4 239 848 residem na República da Irlanda[14] (1,7 milhões de habitantes residem na Área Metropolitana de Dublin)[15], e 1,7 milhões de habitantes na Irlanda do Norte[16] (600 000 dos quais a residir na Área Metropolitana de Belfast[17] que corresponde à população total das cidades de Belfast, Castlereagh, Carrickfergus e Lisburn).
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A economia é pequena, moderna e dependente do comércio, com um crescimento médio de uns robustos 9% entre 1995 e 2001. A agricultura, em tempos o setor mais importante, tem agora muito pouca importância quando comparada com a indústria, que é responsável por 40% do PIB, cerca de 80% das exportações e que emprega 28% da força de trabalho.
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Na cultura irlandesa, destacam-se os escritores Jonathan Swift e Oscar Wilde, para além dos quatro Nobel da Literatura: George Bernard Shaw, W. B. Yeats, Samuel Beckett e Seamus Heaney. Apenas um irlandês ganhou o Nobel da Física, por Ernest Walton, em 1951. Para além desses, também deram contributo William Thompson, importante naturalista, e William Rowan Hamilton, foi um renomado físico e matemático do século XIX.

Uma das mais lotadas áreas de Dublin é o chamado Temple Bar (a antiga área onde é possível encontrar pessoas de todo o mundo) ou em locais diversos como a moderna Thunder Road Cafe. [23]
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Exemplos de alguns pratos típicos da cozinha irlandesa são o guisado irlandês, e também o toucinho com couve (cozidos juntos). O Boxty é um prato tradicional, que consiste num pastel feito de batata. Em Dublin é muito popular o coddle, que é feito com linguiça de porco cozida. A Irlanda é famosa pelo seu pequeno-almoço irlandês, que é servido principalmente com carne de porco e pode incluir batata frita.

Uma das bebidas mais associadas á Irlanda é o Guinness, que é frequentemente servido em pub's, mas também é popular a Smithwicks.
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O clima temperado da ilha é modificado pela corrente do Atlântico Norte e é relativamente suave. Os verões raramente são muito quentes, mas é raro fazer muito frio no inverno. A precipitação é muito comum, com até 275 dias de chuva por ano em algumas partes do país.
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É isso aí, vou me entupir de batatas, ler outros livros do Oscar Wilde fora o The Picture of Dorian Gray, comprar um bote, aprender outras palavras em irlandês que não seja Éire e trabalhar numa fazendinha.
:)

segunda-feira, 2 de março de 2009

See you soon!

Sábado, 28 de fevereiro, Dublin Irish Pub, Porto Alegre.
Foi a melhor festa de despedida (odeio essa palavra) que eu e o Gui poderíamos imaginar. Tenho certeza de que foram aquelas pessoas que torcem muito por nós e que eu não poderia deixar de ver nessa última semana antes do embarque!
Brigada pela presença de todos!
Quem quiser ver todas as fotos bota-o-dedo-aqui!
E até a próxima né?!

POA - DUB

O início dessa viagem tem ponto de partida no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, no dia 6 de março, mas na verdade eu já embarquei nela há alguns anos. Até cheguei a pensar que nunca teria coragem de tirá-la da cabeça e colocá-la em prática. Mas finalmente, no segundo semestre do ano passado tive claros sinais de que esta era a minha hora de investir nisso.
Aí veio um problema: e a crise? O euro tá pela morte, pencas perdendo emprego, Obama abraçando um colapso, alguns arrumando as malas para voltar.
Muitos me consideram muito decidida, tal e coisa, mas a verdade é que passei dois meses conversando com tudo que foi tipo de gente. Busquei mais fontes do que uma boa reportagem pede, dos renomados aos experientes. A conclusão? "A hora de ir, é a tua hora de ir", disse uma sábia sobrevivente de Dublin.
Sem muitas grandes expectativas, mas com otimismo no bolso.
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Então lá vou eu, quer dizer, lá vamos nós! Pois, sem dúvida, eu não conseguiria ir tão longe se não tivesse o companheiro de todos melhores momentos dos últimos (quase) 4 anos da minha vida: o Guilherme. Que como o sobrenome bem define, Cabral, vai me ajudar a descobrir agora as terras do lado de lá.
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Os objetivos:
- Estudar (mais) inglês e ganhar fluência;
- Conhecer uma cultura (um pouco) diferente da nossa;
- Viajar pelo máximo de países que o tempo e o dinheiro permitir;
- Experiência de vida.

Espero que esse blog esteja permanentemente borbulhando até a volta....